Podemos Fazer as Escolhas!
Imagine! se não pudesse ter para uso pessoal e privativo, a escolha. Ter reconhecida a possibilidade irrestrita de fazer escolhas.
Mesmo que na vida de uma rainha, com a mais perfeita saúde, seria a mais miserável dos mortais, se Eu não vivesse a natureza da vontade em mim, emergida da essência que porto.
Ter sido amada incondicionalmente por outra alma, cumprido todo manual de instrução da fé, vivido em pele de gente da elite, vestido roupas da alta costura, usado perfumes de frascos raros diminutos, comido do alimento que custa, bebido da bebida servida em taças de requinte, e não tivesse sido apresentado, pela via do despertar da consciência, a liberdade, o campo, o meio para a mente se valer do uso irrestrito do entendimento, e, assim, a alma exercer o direito subjetivo natural da tomada da ação, para a execução da vontade entranhável de fazer algo, ou não.
Equipararia o ser a um animal do mundo da fauna, que passa pela vida movido pelo medo de ser comido, e o de não ter o que comer.
Não deve ter ninguém com a gente quando há a necessidade da escolha, existe uma sala privativa, de uso secreto nosso. Nela, o ser faz a tomada da decisão, que eclode na ação mais adequada para a alma continuar sendo.
Antes, numa ambientação particular, o espírito liberto, até comunga com outras mentes aconselhamentos e saberes, que de alguma maneira, sem agredir a linha do convencimento, vai experimentando boa comida, até que, nem lá, nem cá, a escolha ideal amadurece, e germina como água mansa, ou escorre pelos vãos dos dedos.
A natureza é assim, forma seu convencimento, somente quando a fruta está madura é que a arvore a deixa.
A liberdade subjetiva do pensar tem sido relíquia que deve ser guardada como riqueza inestimável, usada livremente, intransferível, inalienável, insubstituível a qualquer tecnologia inventada, ou a se inventar.
Escolhas. Ah! se não fossem elas!
Sal insípido seria.