ADEUS

Evaldo da Veiga

Não era um até logo, era um adeus de vez.
Às circunstâncias criaram um adeus
que jamais pensei em dizer.
No início muita dor,
saudade machucando o peito,
um respirar difícil com gosto de nada.

Era um adeus pra sempre.
Foi bem difícil caminhar nos caminhos
que caminhávamos, cheguei a sentir desespero,
mas sempre algo me atraia aqueles caminhos,
era a saudade, vontade de viver outra vez
aquele mesmo destino.

Tudo ficou feio, eu não sabia ver sozinho.
Não era o mesmo som, a mesma cor,
o mesmo movimento em tudo que eu tentei repetir,
nada além de mera semelhança,
pois o idêntico no amor não existe.
Cada amor é algo novo e absolutamente distinto.

O que vale mesmo é amar novamente,
como se fosse aquele,
o maior e melhor amor do mundo.
O mais lindo, uma mágica maravilhosa e eterna,
até que termine dando vez a um novo amor,
eis que o amor não deve extingui-se, jamais.

evaldodaveiga@yahoo.com.br