Homo amor

Eu não estou sendo quem sou, julgam-me antes de me conhecer, negam-me antes de... Sou um guerreiro de armadura, pois não me deixam tirá-la. Amo a todos, mesmo todos afirmando que não é possível, para isso já se faz infinito as energias gastas, facilmente desprendo-me em ação, mas a essência continua a mesma e com isso só me machuco, sim, eu amo a todos. Não consigo fazer nenhum mal, nem em fúria momentânea tomar uma ação maléfica, que é para mim, em última instância me quebro na dor dos outros, mesmo eles não estando nem aí. Sinto-me dilacerado, desaparecendo por vontade alheia, ódio a que me dirigem, não, eu não odeio ninguém e nem conseguiria, sim, ocasionalmente tento e em seguida volto a ser o que sempre fui, desta vez, mais intensamente, não, eu não odeio ninguém e nem conseguiria; no máximo me odiarei, para que um dia, quem sabe, aprendam a amar profundidades e com isso a si mesmos, o âmago do teu ser, o que te constitui como humano, o amor.

Theo De Vries
Enviado por Theo De Vries em 19/09/2021
Reeditado em 26/02/2022
Código do texto: T7346055
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