Eva
Eu odeio o jeito
Como seus olhos me incendeiam por dentro
Eu tento construir muralhas
Você encontra brexas no meio
Me fala logo de uma vez
O que raios eu faço
Para por fogo neste Édem
Do que adianta o fruto mais saboroso
Ser o fruto proíbido
A serpente me tenta a te provar
Mas faço um inferno
No paraíso para te negar
Não faço questão de sentimentos
Mas a luxúria e a paixão me enchem de sonhos
Não está ao meu alcance
A felicidade além desta monotonia
Como ousa quebrar esta quietude?
Fingir que não há nada a ganhar
Me fazia mais bem que ter tudo a perder
O fogo da raiva, do rancor e do desprezo
Queimarão a arvore do conhecimento
Não residirei em Judecca
Vexilla regis prodeunt inferni
Nunca sairá da minha boca
Prefiro tornar este lugar
No meu próprio cemitério de fogo.