Simples assim ...
Simples assim ...
Minhas pernas, enroldas nas suas, fazem desenhos que a geometria não ousa nomear ou classificar.
Nossas línguas emboladas e invasivas abrem mão do direito de faalr pelo delicioso sentido do paladar.
Mãos inquietas não param, apertam, apalpam, penetram, exploram, acariciam e conduzem seus neófitos dedos por caminhos inimagináveis.
A música ao fundo conduz o ritmo, ora frenético, ora romântico, as roupas jogadas pelo chão, são espectadorastímidas e mudas, desesperançosas de voltarem a ser requisitadas por um longo tempo.
Estamos num universo de gemidos e sussurros especiais, a lascividade excitante e sonora de algumas palavras tempera de forma picante e imaginativa sempre novas ações.
O sexo e o Amor se alternam e sobrepõe, se mesclam e se fundem no supremo Tao do prazer tornando-se impossível de serem dissociados ou sequer terem suas fronteiras demarcadas.
Aqui não há segredos, medos ou tabus, são simplesmente dois amantes nus sem nenhuma espécie de restrição, nenhuma preocupação com classificações ou convenções, abstraídos de conceitos e preconceitos, livres de mundanos pudores, exercendo plenamente à exaustão a suprema arte de fazer amor.
Simples assim, como as melhores e mais especiais coisas da vida sussuram entre orgasmos e beijos os felizes amantes que entenderam o princípio de tudo, a essência do amor.
Leonardo Andrade