Novecentos quilômetros
A tequila desequilibra a esquina de Brasília. Longe das quadras que me separam de seus quadris e ancas largas. Claras golfadas de tensão e fumaça. Aniquilo o hiato dos anos que nos separam e que não nos levaram à reminiscências e fruto. Suas ancas largas, pardas e insossas não suportam o amor que nunca houve. Arremedos adolescentes de carnaval mofado. Nosso reencontro de lasanhas, cigarros, sexo e sono ficaram suspensos no amarelo daquele apartamento do prédio que não lembro o rosto. Olhos gaseados e bêbados que éramos.