Amor poético

Enrolado nos lençóis do tempo, cá estamos nós,

a juventude vai perdendo a beleza, lentamente.

É num percurso longo para o corpo

e relâmpago para a alma, ficamos nas esquinas.

De nós o que segue é somente um solitário,

vamos cheios dos medos adquiridos dentro das

vontades reprimidas de acertar o caminho que

julgamos nos levar a tal felicidade e perdemos.

Amamos ou nos enganamos pela vida que com

ansiedade fomos nos expondo, ora corpo fogo,

do jovem apaixonado, nos esquecemos quando

o verdadeiro amor chegou nos pegou maduros,

o que fomos já não somos, insatisfeitos vendo

as loucuras que fizemos e os amores que por

inocência da juventude perdemos a reconhecer

perdidamente estamos sós, encontramos nossa

sede de amor disfarçada de poesia amando por

metáfora somos fingidos de um amor poético a

nos enganar, mas o amor é amor não é poesia.

Solidão é solidão essa a nós mesmos não pode

se vestir de outra coisa é a única verdade.

Almeida Clementino
Enviado por Almeida Clementino em 12/04/2021
Código do texto: T7230485
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.