Pouco a pouco
Tanto a dizer, nada a ouvir. Tanta espera para ver hoje tudo se desfazer bem diante dos meus olhos. De pouco a pouco até não restar mais nada. Nada de positivo. Nada de negativo. Agindo no limite do orgulho, enterrando meu futuro. Levando-me a um lugar real, diferente daquele onde eu apenas deitava minha cabeça.
O despertar da minha insegurança. Surgindo sempre do nada, sem ser convidado. Entrando e se instalando. Tentando me amar. Temendo te perder. Tarde demais para pensar nas marcas que ficariam. Se há merecimento na dor, esqueça. Apenas pareceu amor. Minha ilusão, meu erro. Sua teoria, a ruína da minha mente.
Às vezes não importa o quanto você tente, no fim isso já nem mais importa. Uma manutenção da ilusão criada. Uma luta para colocá-la em seu devido lugar, ocupando um vazio agora já instalado. Exausta. Confusa. Tentando retirar o que foi dito. Usando cada pedaço de desastre para consertar o que foi quebrado dentro de si.
Não estou preparada para morrer de amor e nem de saudade. O silêncio. A falta de sinais. Uma busca inútil por refúgio. Desabando-me de novo por entrar no seu jogo. Planos, mais planos e enganos. Um mergulho fundo em alguém tão raso. O fim... enfim.