VENDENDO SONHOS
Somos nós escritores, vendedores de sonhos.
Ah! Que cada detalhe da vida, possamos fazer um poema. O brilho do Sol no amanhecer invadindo nossos quartos. Um sobressalto da cama, a nem sequer colocar uma gota de café, para não perder a inspiração. E se cada linha, com um pouco de ritmo, pode ser letra de uma canção.
Somos escritores a desenhar sonhos...E descrever um pouco da nossa realidade, com sutilezas de purezas.
Somos também fincados em terra firme, a perceber com mais sensibilidade a realidade que nos rodeia. Tentamos dizer a verdade crua, com um pouco de figuras, para que aqueles que se alimentam de nossas palavras possam digerir sem ter indigestão.
Vendemos sonhos para que as pessoas não se afoguem na monocromática telenovela de nossos dias, essa realidade tão cruel que embaça nossa luta.
Vendemos sonhos para que também não morramos no pesadelo, e abraçamos na rosa que desabrocha, no Sol que acaricia nossa pele.
Mas, o que propomos é que não vendemos sonhos, porque não nos pertencem, pois sabemos lá, de onde vem nossas inspirações?
Façamos doces que nos apresenta salgados. Façamos leves, o que são pesados...Façamos florir em meio a um deserto. Façamos respostas em meio a um turbilhão de perguntas. Façamos histórias, onde tudo parece ser uma estória.
Somos apenas escritores...