Dia lindo...
Bom dia!
E novamente acordei só. Não há ninguém para que eu diga "bom dia" ou "olha que sol"!
Abro a porta da sacada, o trânsito é intenso na Radial Leste. Mas tudo bem não vou para lugar nenhum. Vou até a cozinha preparo meu café, o leite, o café quentinho, pão, manteiga, uma rosquinha dessas melecadas com um creme que diz ser de laranja, mas não tem gosto de laranja e descasco minha laranja. Saudade da mamãe, ela descascava a laranja perfeitamente, totalmente sincronizada. Ligo a tv, coloco no jornal, só notícias ruins. Tiro coloco em outro canal, culinária lá vou eu fingir que vou fazer esse prato. Enquanto saboreio meu café, tento prestar atenção na receita. Minha imaginação viaja, droga não consigo esquecer coisas que me fizeram tão mal. Sento na poltrona da sacada, olho para o nada. Apesar do sol, do trânsito, só enxergo o nada. E de repente me pego recordando promessas que um dia não tão distante alguém me fez. Nenhum carro parou do outro lado da rua, nenhum homem desceu e a mim acenou as mãos, ninguém se aproxima da portaria e pede para me ver, ninguém caminha pela entrada carregando flores e uma garrafa nas mãos. Ninguém chega para cumprir promessas que fez. Que pena poderia ter sido maravilhoso. Que pena saber que alguém poderia ter sido amado mais do que qualquer um. Que pena que a ausência se tornou uma arma mortal. O sol está quente e incomoda meus olhos. Pego a xícara que coloquei no chão, coloco o chinelo, olho meus vasos que precisam de água...levanto vou arrumar o que fazer porque ainda não posso sair de casa. Mais um dia para que eu viva pensando em voce. Nossa que dia lindo!
Bom dia!
E novamente acordei só. Não há ninguém para que eu diga "bom dia" ou "olha que sol"!
Abro a porta da sacada, o trânsito é intenso na Radial Leste. Mas tudo bem não vou para lugar nenhum. Vou até a cozinha preparo meu café, o leite, o café quentinho, pão, manteiga, uma rosquinha dessas melecadas com um creme que diz ser de laranja, mas não tem gosto de laranja e descasco minha laranja. Saudade da mamãe, ela descascava a laranja perfeitamente, totalmente sincronizada. Ligo a tv, coloco no jornal, só notícias ruins. Tiro coloco em outro canal, culinária lá vou eu fingir que vou fazer esse prato. Enquanto saboreio meu café, tento prestar atenção na receita. Minha imaginação viaja, droga não consigo esquecer coisas que me fizeram tão mal. Sento na poltrona da sacada, olho para o nada. Apesar do sol, do trânsito, só enxergo o nada. E de repente me pego recordando promessas que um dia não tão distante alguém me fez. Nenhum carro parou do outro lado da rua, nenhum homem desceu e a mim acenou as mãos, ninguém se aproxima da portaria e pede para me ver, ninguém caminha pela entrada carregando flores e uma garrafa nas mãos. Ninguém chega para cumprir promessas que fez. Que pena poderia ter sido maravilhoso. Que pena saber que alguém poderia ter sido amado mais do que qualquer um. Que pena que a ausência se tornou uma arma mortal. O sol está quente e incomoda meus olhos. Pego a xícara que coloquei no chão, coloco o chinelo, olho meus vasos que precisam de água...levanto vou arrumar o que fazer porque ainda não posso sair de casa. Mais um dia para que eu viva pensando em voce. Nossa que dia lindo!