OUTRAS PRECIOSIDADES (228)

Os poetas não são nem nada, como pensam

alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques

súbitos de levitação. O de que eles mais

gostam é estar em silêncio - um silêncio que

subjaz a quaisquer escapes motorísticos e

declamatórios. Um silêncio. Este impoluível

silêncio em que escrevo e em que tu me lês.