Gaiola
To eu no avião, dia desses, e meu inconsciente já começa a encher o saco, esmurrando a minha mente que fazia esforços pra entrar em alfa beta e gama partindo prum Nirvana.
Mão suando, agarrada no braço da cadeira, aquela gaiola minúscula, o som do vento se arrastando sob meus pés, as asas balançando aquela carroça oca, uma força oprimindo meu cérebro pro chão da minha cabeça.
Só escuto meu íntimo gritar: és uma poeira solta neste infinito, e, sem asas, dentro desta nave oca, nada podes fazer.
Reza.