Gaiola

To eu no avião, dia desses, e meu inconsciente já começa a encher o saco, esmurrando a minha mente que fazia esforços pra entrar em alfa beta e gama partindo prum Nirvana.

Mão suando, agarrada no braço da cadeira, aquela gaiola minúscula, o som do vento se arrastando sob meus pés, as asas balançando aquela carroça oca, uma força oprimindo meu cérebro pro chão da minha cabeça.

Só escuto meu íntimo gritar: és uma poeira solta neste infinito, e, sem asas, dentro desta nave oca, nada podes fazer.

Reza.

Juliana Mendes Bueno Artemis Lua Crescente
Enviado por Juliana Mendes Bueno Artemis Lua Crescente em 12/12/2020
Código do texto: T7133995
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