A brota
Que sonho traz a pequena vida
Que o jornal aquece o pobre colchão
Talvez ali se alfabetize
E mude miserável quinhão
Nu, sem pão, sem chão
Talvez nem caixão para o derradeiro valão
Na fome nasceu, na labuta viveu, sem sonho
morreu,
Algum dia viveu?
Mas a vida persiste, e num grito quebra o cinza da
estória, que o destino cruel risca
E mais um chega para reescrever
O final.