Voz

Boa parte da vida não sabia que possuia!

Então, ecoava o que o outro dizia

Mas não encontrava nenhuma alegria

Apenas o outro sorria!

O peito clamava

Qual o meu lugar?

E como uma criança

Mãos dadas, na confiança,

O meu caminho deixei de trilhar!

Nem no espelho me encontrava mais

Faltava minha identidade

Minha verdade não estava lá!

Chutei para o alto todas as fôrmas

Que me prendiam no personagem

E a mudança interna

Me fez mais bela, mais terna

Livre para amar e sonhar

Gosto da imagem no espelho

É fiel ao que me tornei

À poesia que sou

Capaz de dizer o que o mundo

Quer saber e ouvir minha voz

Meu Lugar de fala!

Pela voz ou pelos dedos

Minha alma faz apelos

De tristeza, de indignação, de dor

Mas o que gosto mesmo

O que faço melhor,

Sendo poesia,

É tecer versos

De amar