Na tocaia do infinito
Túneis se afunilam e estreitos se alongam.
Um par de olhos na tocaia do infinito
espiona qual mulher virá nos braços do amor
e nessa folha de água se rabiscam
os suspiros ébrios de quem já vai.
Estrelas de vinho pingam candura
à plena luz solar que virou meu coração.
O passado ao presente se aproxima
sazonando milharais dourados
como se nunca houvessem murchado.
Atrás das paredes os ecos e dos luares os sóis,
da saudade a volúpia de um passado proscrito
que o destino reticente desenterrou.
Astros incompreendidos aprendem a emoção,
ambrosias brotam nas estrelas,
todo o Céu no chão, ao som de violinos,
perfumando na minha alma,
a vasta amplidão feita de amor.