MAR DE ESTRELAS

Teu abraço sempre foi uma extensão da minha beira-mar; todavia, naquela noite, senti que éramos um. A tua vulnerabilidade fazia teu corpo tremer e eu beijei todas as tuas lágrimas com gosto de praia.
"Tu tem peso demais nos ombros, meu amor. Chorar limpa. Lava a alma."
Tuas palavras se afogaram na minha cadência, que sincronizou com tua frequência; e eu acredito que o peso delas, era demais para carregá-las sozinho.
Apaixonei-me por ti, uma vez mais. Pelas tuas fraquezas e medos, defeitos e frustrações. Amor é imperfeição - como o teu sorriso torto.
Tua fragilidade era mais bela que qualquer estrela no céu, e eu te puxei para mim e tu te agarraste em mim. Nenhuma brisa fria seria capaz de apagar as ondas de paixão por ti.
Teus olhos perscrutavam o oceano escuro do céu, procurando um planeta para o qual pudéssemos fugir. E eu te olhava, porque meu universo inteiro toma tua forma.
Em mar de estrelas, tu sempre foste tsunami!
Marina Solé Pagot – 18 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 07/06/2020
Reeditado em 07/06/2020
Código do texto: T6970254
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