Quadragésimo sexto dia
"A quarentena de um poeta"
Quadragésimo sexto dia:
E parecera que se voltara para o século IV quando o imperador se aliara aos perseguidos e os elegera papas, pois o que se conquistara com a força estivera a se permutar pela retórica, uma arma poderosa na mão do império.
O ajuntamento no momento da posse do chefe da segurança nacional é o retrato da insensatez.
Os adjuntos do mandatário que batera no peito a afirmar quem comandara se abraçaram no instante que o inimigo entrara para fazer a festa. Ficara no ar junto com as palavras persuasivas o jato de líquidos que buscara as faces livres.
A esquadrilha do invasor lançara bombas biológicas que se armazenaram no interior do organismo humano de cada soldado desguarnecido e sem sintomatizá-lo o deixara livre para a sua multiplexação.
Esta era mais uma situação que o maligno invisível adorara e somara-se a várias expressões infelizes do seu adversário que incomodara outras instâncias do governo.
O supremo fora provocado e como guardião da lei maior tomou as providências necessárias para impedir
a quebra da impessoalidade, moralidade e interesses públicos.
A prioridade era preservar a vida dos cidadãos, todavia houvera uma pancadaria enquanto que centenas de mortes eram anunciadas.
A insistência em desviar finalidades fizeram o autor de diversos jargões declarar ao seu povo que recorrera para impor a sua escolha a dizer:
"Quem manda sou eu"
A maioria dos seus votantes estiveram a pensar diferente, o seu desequilíbrio em comandar a tropa estava a ser questionado e houve desertores que se esconderam na caverna.
Cada ação descontrolada do comandante reverberara e o mundo estivera a conhecer o perfil do nosso líder, o que nos envergonhara muito.
Pérfidos
Belos são os hipócritas
Usam as máscaras da farsa
A possuir entre dentes o tridente
Que espetam o povo inocente
Como nobres zombeteiros
A interditar a harmonia
Dos pobres guerreiros
Do dia a dia
Não temem sequer a vara
Arrogam o mundo
Ufanos inglórios,
Agradáveis vagabundos
E o peso da mão reta
Detonará a serpente
Similar a uma seta
Fincada em suas mentes