Quadragésimo segundo dia
"A quarentena de um poeta"
Quadragésimo segundo dia:
Uma troca de farpas entre duas lideranças, uma que dissera da eficiência de sua caneta e outra que sintetizara não ser um produto de venda. A destituição do chefe mor era o desejo de muitos que o avaliaram como criminoso. Várias intituições criticaram sua postura e deram partida nas investigações em busca dos mascarados. A saída seria se unir a um centro enorme de políticos que viveram na gangorra das vantagens.
Tudo me fizera a sentir ojeriza por aquele mundo putrefato que nos reprime a não consentir o direito de igualdade. Uma lição estava a ser dada para todo o universo dos poderes e ainda existira aquele que ignorara o chicote de bacalhau na mão do feitor a serviço do mal.
Não se soubera quem mandara descarregar uma única rajada de uma submetralhadora na morta ou uma facada no ferido, era oculta a investigação de construções de prédios ilegais erguidos com dinheiro público, não se achara o escondido repassador do lucro de investimentos e o dono do isqueiro que queimara o arquivo desaparecera.
A não descoberta dos fatos parecera ser coisa antiga e há décadas as coisas ficaram escusas eternamente e pelo desfilar da carruagem de luxo não se encontraria o mordomo da família.
Neste ínterim, o estrago era imenso na casa de duzentos e duas mil fatalidades e começara a se ouvir alguém chorar bem perto.
Vaidades
Consumem-se coisas do bornal do mal
A vaidade, o maior dos alimentos
Escoltada do prazer,
O melhor dos sentimentos
Há também perigosos trabalhos
Neste cesto debaixo do sol
Em busca dos atalhos
Isto também é vaidade
E há o vento que desmantela,
Desmorona esta vaidade
Quando empurra o tempo
E não se sabe o seu caminho
" Vaidade de vaidades, diz o maior dos sábios, tudo é vaidade "