UM DESEJO E UM PEDIDO.
- 07/01/06 -
Eu acho que já está na hora de fazer o que a minha consciência sempre pediu. Isto não é uma profecia, quem sabe, até poderia ser, mas na verdade isto é apenas um desejo.
Não sou mais um jovem, o meu passado é muito longo e, por conseqüência, o meu futuro está a cada dia se tornando menor.
Assim como nasci tenho de morrer, é uma deficiência e ou uma contingência da matéria, contudo, acredito que não morrerei, porque simplesmente eu mudarei o meu modo de viver.
Apesar das tribulações e da fugacidade desta vida consciente, eu ainda acredito que a vida esse evento sutil e não-físico, tenha características e consistências eternas, porque vocês irão concordar comigo que se assim não for, não haverá sentido inteligente para existir e não valerá à pena viver.
Antes que isso me aconteça, portanto, que eu mude o meu modo de viver, quero que vocês se procurem, se unam e se irmanem, pois vocês todos são irmãos, rebentos do mesmo tronco.
Vocês não têm culpa alguma por ter sido a minha vida assim, tão indesejável, tão confusa, tão fantasiosa e volúvel, causando traumas irreparáveis que se agregaram no inconsciente de vocês.
Eu confesso que fui o culpado.
Eu peço e desejo que vocês se procurem e se amem como irmãos, pois vocês carregam nas artérias o meu sangue, esse rio invisível que transferi para vocês, e que eu sempre o navego com saudades.
Se eu vier a morrer, morrerei feliz, pois vendo vocês unidos o meu espírito não vagará nas trevas.
Nada mais tenho para dizer, vocês já entenderam a minha mensagem, agora somente quero lembrar que no meu velório, se houver um, que não seja esquecido aquele poema que preparei para esse instante. (A balada do morto vivo)
Não quero ninguém triste, apenas vou mudar de dimensão e de lá velarei por vocês, e se lá no inescrutável não houver censura, escreverei poemas nas nuvens para mandar notícias minhas.
Com saudades de todos!