EM TEMPOS DE QUARENTENA
Em tempos de quarentena... sobra tempo para diversas atividades!
Para ler, estudar, pesquisar. Para descansar. Para refletir.
Para a costura, o tricô e o crochê, que voltaram a fazer sucesso na moda casa e na moda em geral. Meu total apoio.
“Costurices” à toda para produzir máscaras de proteção. Meu total apoio. Também estou confeccionando.
Discussões, polêmicas, discursos sobre isso e aquilo, assuntos dos mais variados. As línguas viperinas ameaçam mais que o vírus. Sentenças de mortes anunciadas. Desacatos X Desencantos.
O vírus revolucionou a História, a Geografia, a Matemática, a Estatística, a Saúde, a Segurança.
Revolucionou a Empatia, a Paciência, a Perseverança.
A Atitude, a Oração, o Perdão, a Solidariedade... afinal, o que mais se quer é que o Bem vença o Mal.
Salvem o Planeta! Salvem-se... (quem puder, é claro).
O vírus revolucionou a Informação. Infelizmente, muitas vezes equivocada. A Notícia, alarmada, alarmista e alarmante, ora é fôlego, ora é desespero. Dizem que as notícias más chegam antes... fato!
Na veiculação de opiniões, o "score" das intrigas e divergências é do mais alto grau.
Textos, textos e mais textos.
A maioria sobre Política. Fez, não fez, deixou de fazer. Numa mistura incrível de ameaças, acusações, traições; no contraponto da História, alguns "líderes" corruptos e covardes viram heróis... outros de grande valor são massacrados. Culpados em profusão. Vereditos cruéis, contradições, desacatos, desagravos.
Em meio ao descalabro, o vírus “Corruptis-16” - é mais assustador que
o Covid-19 (siglas e mais siglas definem a terrível consequência da ganância, dos egos inflados, dos maquiavélicos arrombadores dos cofres da Nação).
Parafraseando uma música antiga, idosa com eu e outros tantos pertencentes ao grupo de risco: "...nunca vi fazer tanta exigência, nem fazer o que você me faz, ai meu Deus que saudades da..."!?!
Eu #ficoemcasa, plena de Saudades.
Da minha neta, em primeiro lugar. Dos festivais da Record, da verdadeira música brasileira, dos melhores filmes e séries na TV (pasmem os que só conhecem a Netflix), pois a Lassie, o Vigilante rodoviário, os contos da Mamãe Ganso, Ivanhoé, Bonanza, Os Waltons e outros tantos foram as melhores opções de entretenimento para todas as idades. Sem contar os filmes do Hitchcock nas sessões da madrugada.
Saudades de todos os livros que li, e de tantos maravilhosos escritores, tradutores, redatores, todos conscienciosos defensores da Língua Portuguesa.
Saudades especialmente, das Vírgulas,,,
dos Pontos de Exclamação!!!,
dos Dois Pontos::: tão esclarecedores.
Todos tão esquecidos! Desconhecidos? Ou ignorados, tão somente? E da Crase e das Reticências, e das Maiúsculas. Da Concordância Nominal e Verbal desfalcadas pela urgência do “relacionamento” social.
Ao final, soterrados por Pontos de Interrogação que remetem ao futuro nem tão próximo, questionamos: – Até quando?
E assim passa o tempo, passam os dias e as horas, confirmando que tudo passa. Espero que passe. O quanto antes.
Divagações em 04/04/2020 – 18º dia da Quarentena