DE AMÉLIA À MARIA DA PENHA
     DE AMÉLIA Á MARIA DA PENHA
 
 O Feminicídio continua firme e forte
A música famosa cantada nunca envelhece
Exaltava uma mulher que fez tão pouco
Por ser uma anônima dentro de um ego
AMÉLIA É QUE ERA MULHER DE VERDADE
AMÉLIA NÃO TINHA A MENHOR VAIDADE
Será?
 
Amélia quietinha, que passava fome
Ao lado de um homem   que dizia amá-la
Dizia achar bonito não ter o que comer
Falsa Amélia o que você sentia era medo
Medo, apenas medo.
 
Amélia tão boazinha, encolhe-se
Mas ainda tenta mudar o homem que ama
Vem a primeira ofensa, ela desculpa
Uma agressão mais forte, Amélia, encolhe
Amélia não é psicóloga e tem medo de um BO
 
Mas lá do Norte do Brasil, uma outra mulher
Sofre, apanha nas mãos do companheiro
Essa mulher encarna a personagem
De Maria Bonita e, grita seu basta sem espada,
Só com um grito de BO e, exigindo uma LEI
Nasce a Lei MARIA DA PENHA
Tendo a palavra como espada
Maria da Penha
Corpo mutilado, coração machucado
Companheiro inocentado?
Maria, mulher coragem
Nasce a Lei MARIA DA PENHA
Não em defesa própria, mas em defesa da mulher
Do respeito, da vida e da justiça.
A nós mulheres, cabe fazê-la ser cumprida de fato.
Não sofra sozinha, a Amélia acordou,
Cansou de ser mulher perfeitinha
Mas sem nenhuma autonomia
A Cinderela, descobriu que seu príncipe era fake
Deixou-lhe um sapatinho e levou sua vida
 
Esse é o espaço entre o céu e o inferno
Aja, antes do ato fatal. Feminicídio não
Basta de ouvir todos os dias, a notícia recorrente
-Mais uma mulher vítima de feminicídio
Em casa, no parque, na rua, em qualquer lugar
Queremos ser amadas por homens de verdade
Quem ama não mata