o espinho da rosa
a luz que cega
a arma que mata
o remédio que anestesia
o bem que faz mal
a beleza que trai
o choque que paralisa
o amor que é egoísta
o empurrão no abismo
a droga que entorpece
a última gota pra overdose
o sorriso que inebria
o sentimento que magoa
o toque que fere
a navalha que mutila
o corte que sangra
a ferida que não cicatriza
a amplitude que limita
a profundidade rasa
a mão que te solta
os braços que não abraçam
o espinho da rosa
o vento numa noite fria.