o espinho da rosa

a luz que cega

a arma que mata

o remédio que anestesia

o bem que faz mal

a beleza que trai

o choque que paralisa

o amor que é egoísta

o empurrão no abismo

a droga que entorpece

a última gota pra overdose

o sorriso que inebria

o sentimento que magoa

o toque que fere

a navalha que mutila

o corte que sangra

a ferida que não cicatriza

a amplitude que limita

a profundidade rasa

a mão que te solta

os braços que não abraçam

o espinho da rosa

o vento numa noite fria.

conhaque de mel
Enviado por conhaque de mel em 15/02/2020
Código do texto: T6866439
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