Perdi meu coração...

Perdi meu coração...

Saiu assim do meu peito feito louco sem destino e foi...

Para onde? Não sei!

Olhei debaixo da cama e não estava lá;

Também não estava entre os demais cômodos empoeirados.

Resolvi checar a tranca da porta,

Afinal, nos dias de hoje tudo é tão fulgaz.

Mas a tranca estava intacta,

Por lá o pobre coração não havia passado.

Desesperei-me então,

De pronto senti-me despejado de meu próprio coração.

Eu o matei! Gritava aos berros...

Morreu sufocado para que o meu silêncio vivesse, dizia.

Eu só queria o meu coração de volta,

Estava tudo tão vazio...

Então escutei certo barulho que vinha de uma pequena caixa.

Estranho objeto que ousava não ser poeirento dentro outros ao seu redor.

Relutante, abri-o e vi...

Entre memórias e recordações a pequena jóia avermelhada repousava,

De uma paz tão grande, uma quietude...

Como se o mundo tivesse emudecido para o acobertar!

Ah então entendi,

Coração arisco tem apreço pelo passado,

Achou abrigo nas memórias,

Ele ainda vive!

Quel Moura
Enviado por Quel Moura em 09/12/2019
Código do texto: T6815114
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