Inundação
Eu não caibo mais.
Nem quero mais caber.
As paredes comprimem meu corpo.
Excedeu a exaustão, excedeu a dormência, excedeu o sentir...
Uma pausa antes da explosão.
O futuro chegou aí presente e eu vejo o próximo rastro antes mesmo de tocar o solo.
Premonição?
Não há anteparos prontos a me conter.
Escapa por todos os poros.
Falhei!
Não há mais cartografia a comportar esses registros.
Evitação?
O pulsar tomou as amarras.
Não há mais esperar.
Não há começo nem fim.
Sem endereços.
Não há contenção.