O Canto da Suindara

Oh bela ave,

O que trazes tu para mim...

Tu que tens e tua face,

A sombria forma de caixão.

Sendo lendária,

Pela anunciação que seu planar carrega...

Muitos a temem,

Todavia alegro-me em teu aparecer.

Oh bela ave de rapina...

Peço a vós que sobre mim,

Roga-te tua trágica sina...

De por-lhe um fim ao meu sofrer.

Cara Suindara,

Para os meros coruja...

Para mim Rasga Mortalha

Imploro que traga-me ...

Sua única mensagem de partida,

Que seja a mesma só de ida...

Sem volta para a vida.

Fixe em mim teu canto de morte,

Trazendo-me talvez a sorte...

Do descanso eterno,

Para esse poeta de vazia alma...

E sofrimento tão singelo.