Confissões

Tenho sido muito cobrada no sentido de entrar nas brigas. Bem. Por ser uma pessoa muito doce, quando entro em algum espaço, penso em criar vínculos com as pessoas. Não dou bola para fofocas por que preciso ter a minha visão sobre as pessoas. E isso leva tempo e análise. Não gosto de ser injusta com ninguém. Na maioria dos casos vejo coisas boas e ruins em todo mundo. Tento focar naquilo de bom que todos temos. Meu telhado é de vidro e preciso de perdão. Por isso não sou a pessoa certa pra sair julgando os outros. Mas saibam que sou sim, bastante combativa. Sou combativa quando passo todos os meus dias encontrando meios sadios de construir solidariedade, educação de qualidade, desenvolver um trabalho cada dia melhor. Aquilo que muitas pessoas utilizam como primeiro ou segundo modo de resolver conflitos, com palavras mais fortes e posturas mais intensas, que respeito e admiro, eu procuro usar como última medida. Alguns me consideram forte e outros me acham uma boba por isso. Na verdade isso não é a minha primeira preocupação. O que me preocupa mesmo é fazer as coisas acontecerem dentro dos meus valores. Desses eu não abro mão. Às vezes as pessoas acreditam que estão me colocando sob seus controles. Mas não existe passarinho mais livre do que eu. Pergunte a qualquer pessoa que eu tenha namorado. Aos meus parentes e amigos. Sempre fui e sou cada vez mais livre naquilo o que a liberdade significa para mim. Sou absolutamente questionadora e quando não estou feliz, você vai me ver bem longe. Só fluo dali. Se eu vou brigar? Vou. Quando precisar e valer a pena. Meu embate é quase sempre a resistência e o investimento pelo afeto. Se não funcionar, vou embora. Nem aviso. Mas se precisar brigar, e você não vai gostar disso, eu dou a boiada toda.

Quem me conhece sabe.

E eu não gosto disso.

Não é a minha energia.