O progresso
Qual foi o instante em que você tornou-se aquilo que crê?
Quando tirou, de uma certeza frágil, o indubitável ser?
Seríamos, então, representações eufemísticas de cobiça e poder?
Tornamo-nos, unicamente, uma junção de amor, ódio e prazer?
Quando nos tornamos arquétipos de exceções e generalizações?
Quando nos reduzimos a algozes de nós mesmos, coibidos de decisões e sensações?
Seríamos, assim, o caminho mais tortuoso à compreensão e realização?
Seríamos inibidores de qualquer clara ou nítida explicação?
Ou seríamos, tão pura e simplesmente, a personificação de uma invenção?