O que espero dos anos?
O que espero dos anos?
Que eles passem, que eu morra e viva.
E que me tragam aquilo que sonho. Mas qual seu sonho?
Boa pergunta...
Um sonho que não sou, que nunca tive, não fui e talvez serei.
Sonho que viva sem morrer em minhas amarguras.
Porque na verdade, já estou morta.
Cansei! É tarde.
Talvez reviva quando voltar escrever,
mas agora não quero.
Quero ser velada, pela morte de minha tristeza.
Morta na paz do desassossego,
que me faz sentir dor,
e com isso me sinto viva.
Acostumei com minha morte diária,
meus velórios sem lagrimas.
Essas coisa que faz da a vida,
mesmo que eu não sinta,
sei que estou ainda viva.
Vivo nos meus versos, contos e remorsos,
de não viver como quero.
Apenas morro,
e assim sobrevivo.
De forma lastimável, mas amável dentro do que eu proponho. Uma morte real, de palavras e dores
falta de amores e argumentos.
Para reviver como a fênix.
Não das cinzas,
mas de minha própria carne, que agora apodrece.
Mas que sangrando, implora ser vivida.
Uma Mulher Vestida De Sol