Desejo
Da jaula,
Pobre fera,
Almeja se libertar.
Do ferro,
Do escuro,
De sua alçaprema.
Há tanto tempo
Vive só
Fruto próprio de sua anátema.
Mas se soubesse
Das dores,
Da algúria que tem cá,
Almejaria
Nada mais
Que à penumbra regressar.
Da jaula,
Pobre fera,
Almeja se libertar.
Do ferro,
Do escuro,
De sua alçaprema.
Há tanto tempo
Vive só
Fruto próprio de sua anátema.
Mas se soubesse
Das dores,
Da algúria que tem cá,
Almejaria
Nada mais
Que à penumbra regressar.