PARA A MENINA DOS OLHOS MEUS.
- 25/09/07-
Joesa,
Sobre a areia da praia, um dia, eu escrevi o teu nome, mas o mar em sua teimosia o teu nome levou, depois em maio de 94 tu nasceste linda e nutrida, com as algas, o sal e os plânctons que tanto sonhei.
Agora parece que o tempo em sua presteza quer te roubar de mim, eu penso ser essa a sua inevitável empresa, levando-te de menina a uma linda mocinha com certeza.
Mas os teus olhos negros querem me dizer: Tudo é vão e passa! Pai, tu nunca eternizarás o que é mortal, eu passarei e tu também passarás, assim como as pegadas na praia que o mar apaga.
Não, Joesa! Protestei. Só o que é vil é que perece! Tu sobreviverás, nem tudo some! Minha linda menina, em teu louvor os meus versos te eternizam e te engrandece.
Esses mal chamados versos que agora escrevo, nos céus hão de gravar o teu nome. E nesta terra entre sonhos e até a morte, viverá para sempre o nosso amor. O nosso amor será sempre um continuum aqui e na eternidade que, um dia, há de nos acolher.