Depois da Guerra II- O Caminho do Retorno 27

Depois da GuerraII- O Caminho do Retorno 27

Passaremos então ao elencarmos nossos próprios defeitos.

A tradição Sufi trata a Alma como que em faces: A primeira, o eu imperativo, a animal, a que pede a satisfação dos desejos inferiores: fama, poder, riqueza e sexo.

A segunda, a que acusa, busca os erros e também a correção deles(ex: Remorso), é o que põe limite na camada inferior imperativa. Identifica o erro e compromete-se não repeti-lo.

O místico Sufi sugere a necessidade de ativarmos esta camada, para não repetirmos erros do eu animal.

Das três coisas mais importantes no caminho , a menos importantes é cumprir com as ações obrigatórias, mas sim evitando as ações proibidas, como tapar o furo do jarro de água.

Ainda, mais importante do que evitar as ações proibidas, é a paciência com as pessoas, observando os erros delas com o eu acusador, para que, no caminho inverso, possa ser possível tornarmos compassivos conosco mesmos. Diminuindo o auto julgamento.

Fortalecendo-nos, pelo esforço individual e solitário, na experiência da consciência intermediária, o estar no caminho do meio, entre o eu inferior e aquele que julga, especialistas em nossos próprios defeitos, seria mais um caminho disponível para a alma lavar a si mesma da corrupção que a tornou embatumada.

Mais exigentes conosco mesmos, e mais desconectados do interesse de tentar melhorar os outros, exercendo a tolerância.

A técnica indicada por este segmento milenar de entendimento, que supera todas as outras para domar o ego, que muitos tem usado para o adestramento do corpo animal , é dando a ele limites pelo jejum, e alimentando o espírito pela oração. Estas duas frentes dá a tensão que liga o homem à Deus.

Fortaleceremos quem está no comando da carruagem, quando se fecha a porta para os mandos do cocheiro, abrindo para o espírito.

O erro não está na fama, no poder, na riqueza e nem no sexo, mas sim como os gerenciamos à satisfação da Alma, que é divina, não do ego. A Alma é patrimônio do Todo, da Providência Divina, que deu atributos a ela para amar e ser amada, para habitar no corpo, mas não é do corpo. Tudo que for contrário ao amor e à justiça divina, a definha, a adoce, torna-a uma boa celibatária, sacerdotisa do mundo, fabriqueta de desgostos, mas não Alma.

Em verdade vos digo: Que aos homens serão perdoados todos os pecados, e as blasfêmias que proferirem; mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão, pelo contrário é réu de um pecado eterno. (Marcos 3:28-30).

Passando a analisar este trecho do Novo Testamento da Bíblia Cristã, podemos concluir que o pecado contra o Espírito Santo é jamais reconhecer os próprios erros. Enquanto a pessoa reconhece que está errada e que deve mudar, ela pode ter certeza de que não foi longe demais. Aqueles que indagam se por acaso não cometeram o pecado imperdoável demonstram por essa atitude que sua consciência não perdeu completamente a sensibilidade. Quando a pessoa não mais reconhece seus próprios erros, ela se encontra no caminho perigoso. Mesmo assim, não podemos perder a esperança. Que mesmo pessoas totalmente degeneradas podem voltar a Deus, se derem ao Espírito Santo a oportunidade de realizar a Sua obra regeneradora.

Não é uma relação de penitência, subordinação forçada com o alto, negação e inutilidade, mas exige-se para alma que se considera em potencial merecedora do afeto Daquele que a fez, o arrependimento, e ao mesmo tempo digna se ver recebida pelo Pai.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 02/07/2019
Código do texto: T6686832
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