D'angústia
E a história se repete em pulos
Luís ama Marina, que ama (o poder de) Julião
Que não ama ninguém!
Pobre folião...
Um quase trapo social oprimido e inconformado
Vive à margem de sua real capacidade
Em que textos são contratos e o prazer não existe!
Em sua mente perturbada, quase louca
Transmite um vai e vem de realidade e sonho mesclados
Uma frustração intectual devoradora
Que se deixa levar pelo amor a Marina
E ódio mortal ao seu rival.
E foi um ato brutal
Que desfacelou seus delírios grosseiros
Golpe seco a seu atormentado ciúme!
Perde-se embriagadamente qualquer leitor de "Angústia"
Porque Graciliano enforca um existencialismo mundano
Repleto de desespero pensante
Que ousa por julgar-se livre, dono dos atos!
Pingo... Pronto, ponto! Fechei o livro vermelho!
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Baseado na obra "Angústia" de Graciliano Ramos,1936.