Gosto selvagem...
Porque sou monstro, lobo faminto andando pela selva obscura. Rasgarei tua pele e o farei sangrar enquanto teus pedaços sobre o chão me divertem. Tomarei teu coração com o uivo suave e os olhos brilhantes, fazendo-o presa hipnotizada, então o esmagarei com meus pés que pisoteiam estas folhas secas no solo da vida. Acariciá-lo-ei com o pelo macio antes de me voltar, cravando-lhe os dentes, roubando-lhe teu fôlego e deixando-o sobre este chão gélido para que morra.
Sou lobo faminto alimentando-me de tua dor e teu clamor fúnebre. Sou tua perdição e o caminho trilhado errado. Artérias e coração azul, que mente pulsar por ti enquanto parto teus ossos e contemplo teu fim. E já banhado com o sangue amargo de tua rendição, encontro seus olhos suplicantes por misericórdia. Espero suas lágrimas secarem sobre a pele apagada enquanto tuas pernas trêmulas erguem teu corpo e correm de volta para mim, como quem sempre pede por mais.