O Pássaro Sorridente e o Homem que Voa

Quando o coração se joga no amor de forma poética, uma nova consciência surge e te leva a um completo entendimento que as boas energias estão no ar, em um plano superior para serem percebidas e sentidas. Por isso que o amor consciente nos leva a voar, de peito aberto e asas abertas a reinos superiores aonde podemos enxergar o sol antes que as tempestades se aproximem.

Por isso que os pássaros sabem amar, difícil ver um pássaro sozinho. Ele está sempre cantando por ai, ou em comunhão com o Universo voando alto, enxergando longe, bem acompanhado e bem acima de qualquer tempo ruim.

O ser humano tem uma inveja danada dos pássaros que voam alto, porque ele só pode voar com elevado nível de consciência e com a alma de um coração que se joga sem medo de cair. Ele não tem asas, mas tem como desenvolver a consciência e mover-se no mundo do coração.

O ser humano precisa ser "adestrado" para voar e para aprender a amar, porque ele não descobriu o seu estado de supra consciência. Ele não tem segurança, quando jovem não foi treinado, não adquiriu uma certo grau de consciência, e não entrou em sintonia com a natureza do mundo exterior, o mundo interior, o mundo invisível e também o indizível. Ele aprendeu a se mover no mundo rastejante e terreno dos padrões mentais da sociedade e das baixas energias. Vide o atual momento de desamor em que estamos vivendo. Ninguém entende ninguém, mas tudo isso a espiritualidade explica. Poucas pessoas buscam a luz, poucas pessoas estudam a espiritualidade, mas não lhes faltam tempo para falar da vida dos outros, e ainda tem a cara de pau de dizer que você é que é o maluco. Mas esse assunto não cabe aqui.

Vamos aprender a voar primeiro!

O ser humano nasceu para voar, mas ele não precisa de asas para isso, logicamente, ai que está o grande poder que ainda ele não descobriu. Vamos continuar acreditando na evolução da espécie. Eu, estou na minha eterna busca, tentando ser melhor do que fui ontem, aprendendo a voar, caindo, levantando, levando umas porradas de vez em quando, mas estou bem perto de aprender. Já passei da fase de andarilho rastejante sonâmbulo e mente cega. Mas a mente é muito cega mesmo, essa é a fase final, entender que a mente é cega, e que existe uma consciência separada dela. Depois dessa fase você decola. Pá pow!!

Por enquanto só estou voando em sonho, que é muito bom também. Com a alma e seu mundo invisível é mais fácil voar. O corpo é muito pesado, quem disse para mim foi um amigo que já aprendeu a voar, que já virou Pássaro Cantante nas terras da Mantiqueira. Já encontrou sua toca. Já está no seu o paraíso. Ele não me disse se já encontrou sua passarinha, mas isso é uma solução dele. Voar sozinho dependendo da altura não é bom. Voar alto só no amor, mesmo assim corremos altos riscos, mas os mestres iluminados dizem que sem riscos não há vida. A vida é um grande risco, só assim podemos ir fundo e sentir o verdadeiro bálsamo divino das endorfinas e dopaminas da vida.

Meu amigo pássaro que está certo, já aprendeu a voar. Alcançou as montanhas sagradas das energias divinas que inspiram toda a poesia do seu canto. Se ele ainda não encontrou sua passarinha, ela vai encontrar, tudo tem seu tempo, tudo tem sua hora, o importante é encontrar uma passarinha consciente com boas horas de vôo que voe eternamente feliz ao seu lado, sem grandes turbulências.

Eu, estou fazendo adestramento de voo, para virar ao menos um beija-flor. Já estou quase concluindo a meta das horas de vôo. Beija flor não canta, mais sabe beijar, levitar, e dançar muito bem, além de fazer poesia para a flor rara dele. A flor que tem o doce néctar, que ele é viciado. Só me falta aprender a voar, e fazer com que a minha flor rara renasça, floresça, no meu solo fértil de amor, de poesia, e no nosso paraíso que escolhemos para viver, voar, beijar, escrever poesias e amar. Que o amor nunca rasteje, murche ou morra no nosso ninho.

Eu, já estou focado ai em uma montanha sensacional, muito bonita também como a Montanha da Mantiqueira do meu amigo Pássaro, com uma casinha aconchegante, como um ninho de beija-flor simples, pequenininho, e bem limpinho. Tipo aquelas casinhas da roça com aquelas chaminés tipo maria fumaça, mas com um imenso jardim cheio de poesias no quintal brotando como flores traduzindo e iluminando a nossa história.

No amor devemos voar alto, em um voo duplo infinito, mas com muita consciência, porque só assim não corremos o risco de cair.

Enfim, nesse voo poético sorridente, brincando com as metáforas, mas ao mesmo tempo contracenando com com toda a espiritualidade que cada palavra carrega dentro da sua tradução lúdica sensitiva, e dentro de um contexto de um mundo com mais qualidade do que quantidade.

Depois de todas essas minhas horas de vôo, já consigo ver uma grande luz vinda do leste, e essa luz diz para mim com toda a certeza:

Se um pássaro soubesse sorrir, ele viveria sorrindo, se homem soubesse amar ele viveria voando. O amor pede que você voe nem que seja com a imensa e mágica inspiração poética que ele traduz e te dá.