NINGUÉM AMA NINGUÉM (SE NÃO O CONHECE)!
Elos que não s'existem... nem nunca existiram
Nenhum vínculo a se prender
E assim, no máximo, ilusórias aparências
No nada do que apenas... parece
(todavia, não é)
Amar sem se saber?
Ou melhor se diria, sem se conviver?
Quanta incoerência!
Não, ninguém ama ninguém!
(se desvinculado d'outro então s'encontra, é óbvio)
Ou haver'alguém a achar o médico "amar", pois um doente
o qual nem mesmo o conhece?
Ou como prostituta a deitar-se com seu cliente
do qual nem lhe interessa em saber o seu nome
Quando o que lhe vale e ter dele o seu soldo, o seu dinheiro
pelo programa qu'ela por seu corpo barganha:
"Eu lhe dou o meu corpo, e tu me dás o teu dinheiro!"
E só!
E então, existira no tempo que não vive... o amor?
Caso alguém assim o ache decerto crerá também no coveiro
a amar o defunto qu’ele o enterra na cova
(apenas para executar por obrigação de seu lavor)
Ao que em segredo ei-lo, portanto a dizer à su'alma:
"Como me dá trabalho este maldito cadáver!"
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19 de março de 2019