GARÇAS BRANCAS

GARÇAS BRANCAS

Na madrugada o despertar silente

O sol se espreguiçando vem brilhar

Para ver as garças brancas altaneiras

Das lagoas do Iguatu seu voo alçar.

As garças brancas voltaram

Às lagoas de Iguatu

São tantas que povoaram

A Região Centro Sul.

No holocausto da saudade também vivo

Tenho como refúgio o bandolim

Dedilhando meus “chorinhos” me consolo

Sinto o Iguatu junto de mim.

Mergulho em momentos delirantes

Na poeira do passado a espanejar

É gostoso remoer lembranças!

É como cinza na fornalha, recordar.

Nas tardes mornas do meu Iguatu

À Praça da Bandeira é um festival

Vendo as garças num voar febricitante

Do sol se despedindo, voltando ao seu ninhal.

Desbravam os horizontes lindas garças,

Voltando ao ninho num bailar dolente

Roubam do céu o brilho flamejante

Esmaecendo o azul do sol poente.

É nosso deleite, nosso encanto,

Meu e de Alcy, em extasia.

Sentar à praça; brindando à natureza.

Até o pôr do sol... Quanta alegria!