A GÊNESE - TOMOS DE INTROSPECÇÃO
Surgem as notas, esvaem-se
Espreitam o fleimão desgastado
Com olhos de maracujá azedo - em segredo.
Houvera a ocasião
Não há mais relógio
Remontam-se as horas no tempo escasso.
Quimera!
Ouvi cedinho as lamúrias urticantes do travesseiro
Em meio à inescrutável nascente
Amor febril, abacateiro juncado.
E as cadentes?
Hão engalanadas no mar de céu espesso
Quase angelical.
Explode granada ferina na barba do demônio
Capa solta de lamber a cerca
Aos axônios, ladeia com o infinito.
Embora saiba a riqueza do vômito
O que me escapam são limalhas de aço carbono
Eternidade!
No apocalipse do tal cansaço
A inventar os desconsolos.
Quando minhas pernas arquearem
Meu ciso incinerar-se
E o modo rústico de sorver tudo, fenecer...
Aí, tudo acabará bem, o mundo se redimirá
"Voila"!
Conquanto conte do oceano as estrelas
Por toda a vida castigada, prestimosa e vil.