CHUVAS DE VERÃO
Ao aproximar das três horas da tarde,
O tempo foi se armando, formando nuvens espessas e escuras,
Do oeste para o leste.
As nuvens iam se formando e aparecendo por detrás de Serra Morena e avançando em direção à comunidade dos Felicianos.
O calor exacerbante era invadido por uma brisa suave que vinha da pressão que o temporal ia causando.
Cada vez mais as nuvens iam tomando forma gigantesca e iam impondo sobre o céu azul que ia cedendo espaço para a formação de um temporal.
Um primeiro relâmpago, um trovão, um segundo relâmpago, outro trovão…
Seu Zequinha comunica aos filhos no roçado: - vamos embora, antes que a chuva nos molhe.
Os três filhos e seu Zequinha despedem do eito e começavam a caminhar a passos largos em direção à querência que ficava há mais de um quilômetro da eito.
Escutando trovões, vendo relâmpagos, céu todo encoberto, ventos soprando as galhadas das árvores, levantando poeira em forma de roda de moinho na estrada ainda empoeirada…
Seu Zequinha chega na residência com o seus filhos e logo começa a cair em meio ao vento, relâmpagos e trovões, pingos fortes de chuva e que rapidamente vão se acrescentando.
A chuva grossa e forte, misturada com raios e trovões tomam conta do sertão naquela tarde quente de verão.
Chove forte, enxurradas descem pelos boqueirões.
Logo a chuva passa, o friozinho aparece, tudo molhado, enxurradas descendo…
Chuvas de verão nos campos das Gerais é assim.
É isso aí!
Acácio Nunes