Quando eu morrer

Quando eu morrer, quero que engarrafem a minha existência, para que meu sabor seja lembrado aos que estavam ao redor de mim. Para meus vizinhos e conhecidos um copo, das minhas verdadeiras características e interesses, para os parentes distantes uma boa xícara de chá das minhas qualidades, para os que me quiseram mal, deixo a eles gotas das minhas receitas de sucesso, deixarei também o sabor das minhas vitórias, para meus entes mais queridos, deixarei uma “batida” do meu encanto e minha irreverência e um pouco dos meus momentos mais alegres. Por fim, deixe todo o restante para os amores da minha vida e todos os dias como um xarope dê a eles doses gradativas do meu mais puro amor, mas também as minhas dificuldades, fraquezas, ensinamentos, aprendizados, até que na mesma garrafa restem apenas as gotas de esperança, essas devem ser guardadas para que eles usem apenas nos momentos mais difíceis da vida.