Cinza, vazios, alfinetes...
Ofuscada pela noite.
Atingida por golpes de flechas de luz mortais.
Todos olhando !
Mas, ninguém ver.
A silhueta moldada por alfinetes
Qualquer desajuste!
Um furo!
Nas vias banhadas de preto e branco,
Existe um senhor com as mãos nos bolsos assobiando!
Assobiando ele chegou!
Como quem não ver nada!
Os olhos são alfinetes!
Algumas latinhas são esquecidas no caminho, antes do vinho, antes da chuva e antes do amanhecer!
Tuas mãos cinzas...
Me dizia o chegar da nova estação.
A transfiguração do que era só beijo!
Neste metrô cheio de vertigens de vida,
Ainda com os olhos ofuscados pela noite desça com tua mão até meu coração!
Com sua viagem de "Azul da cor do mar" Tim Maia.
A " Ne me quitte pas" Maria Gadú.
Eu espero todo o cinza banhar-se em cor !