A CAMPAINHA
A campainha
Na distância
Já há algum tempo.
Não me recepcionem no aeroporto
Quero na ausência longínqua
Relembrar
O prazer do gesto
Ao abrigo materno.
A meia noite
Tocar a campainha
O gosto, desgosto!
Dependurar lá fora
As agruras do dia.
A fofa cama
O
Quarto vivido,
O nicho,
A gruta segura
Dos sonhos coloridos.
Deixem-me
Usufruir a fantasia.
Abram só o portão
E no
Meu quarto entrar.
Em época de lua crescente
Poderei apreciar,
O adentrar a janela, seu clarão romântico.
E após a luxúria do descanso
Despertar com
O sol
Brilhante.
O ar puro e aconchegante
Numa brisa verde
De oxigênio refrescante.
Assim como
O sol e a lua
Vou tocar a campainha.
E voltar ao meu abrigo de inolvidáveis
Lembranças.
Belo Horizonte, 30/0/15- Atalir Ávila.