Recordações

A noite já ia alta, sem estrelas e sombria.

Recordávamos nossas mais intimas paixões.

Lembrávamos nomes, lugares ...

Até conversas mais amiúdes.

Quantas pessoas passaram em nossas vidas,

Quantos corpos.

Quantas vezes fizéramos de amigo,

Quantas vidas dentro de nossas vidas.

Algumas eram intocáveis, outras impossíveis.

E a meia luz, escondidos, sempre cedia.

Ilícitos amores fluíam ardentemente.

E já raiando o dia, cansados de tantas lembranças.

Nossos olhos cansados, vencidos pelo sono.

Foram só poeiras de uma vida, que passou incólume.

carlos tiokal
Enviado por carlos tiokal em 03/06/2018
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