Redesenhando
 
 
 
              Ainda não amanheceu, como ficar  insone sem dizer
                 que enquanto escrevo, do outro lado em teu mundo,
             revela as tuas fantasias, vai desenhando, desenhando,
               O que eu chamo de tua alma. Sei que em cada risco teu,
existe uma réstia de sol invisível me aquecendo, ressaltando a brancura
duma paz que recebo em palavras não ditas para mim...
        No aveludado das pétalas, faz a tua flor se parecer com a minha,
          Porque tens mesmo na alma uma cor que não se sabe, mas,
                   Que reaviva a penumbra do tempo que habita em nós.
A sintonia nos tons que vai deixando, entra colorindo minha alma
Para sempre, sempre sempre incompleta.
                                           Quão tolos somos, num mundo que não enxergo,
                  Pouco conhecemos desse amor que nada compreende.
                          Sem querer, redesenhamos as nossas vidas,

Foi assim que aprendi a falar calmamente, aprendi o instante de silenciar
dentro da tua meiguice. Os loucos pensamentos já não me sufocam.
Vivendo,
Morro um pouco, entretida no aconchego do abraço
que não sinto, esta noite nos juntaremos ao sol que descansa,
Sossegaremos cada um em seu próprio mundo distante de tudo.


 

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 18/05/2018
Código do texto: T6339819
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