Solidão a dois



 
Próximo, bem próximo, que posso sentir o seu calor.

A sua alma,
Foi ficando para trás, para trás, para trás,
Tão perto e tão distante.

 
Emudeceu, emudeci.
 
Trancou-se em seu mundo, deixou do lado de fora, o amor.
Perdeu a receita de como ser feliz.

 
Onde foi parar o seu brilho?
Não podemos precisar quando a estrela mais bela se apaga,
Ela some de dentro dos nossos olhos.

Pouco a pouco,
Tornou-se um dia sem sol.

 
Brilho?
Somente na lembrança.

Por companhia segura, escolheu o silêncio,
O mesmo que tão bem conhece a solidão à dois.
Riso e olhar perdidos,
Parado, como o tempo que não abraça mais
a sua voz agora, sem empolgação.

Sem nos encontrarmos, guardamos tantos momentos,
Agora esbarramos sem vida, um no outro o tempo todo.

 
O café mais uma vez esfriou.  Pela porta entreaberta;
                                 Congelada está a nova estação...
E essa saudade imensa de ver você, sendo você,
Não cessa.
Entre uma lágrima e outra vejo as folhas caírem,
Como nós, assim sem solução.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 03/05/2018
Reeditado em 03/05/2018
Código do texto: T6326198
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