A  alma  sangra




Tentando enxergar, vi gado magro
Gente esfomeada,
Faltava pasto
Faltava motivo para sobreviver...
Fico cega,
quando piso a terra esturricada
Tantas coisas quebram por dentro
Galhos secos,
quebrados pelos ventos.
Fico cega com tanto sol,
Tanta luz, nem consigo alcançar o horizonte,
Fico sem vida, sem forças, tonta.
Quanta tristeza,
Assistindo morrer pessoas, bichos e plantas.
A minha alma sangra, 
Viver tem essas paisagens que a alegria espanta.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 01/05/2018
Código do texto: T6323691
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