Sem títulos




Lembro quando a vida me olhou pela primeira vez
Ela me chamou e disse vá ...
Acredito que ela gostou muito de mim.
Eu louca e livre, sem qualquer preocupação, apenas

uma menina, por tudo eu sentia paixão.


A vida detesta correntes em seus pés, em suas mãos.
Não marca território, nenhum carimbo ou tombamento
trouxe quando nasci, em minhas mãos.
A Vida Dispensa Títulos.
Não me perdi, à esta altura não vou me perder.
Peço, que não me pergunte para onde eu vou,
Nem eu mesma sei...
Uma coisa é certa, se eu for, hora certa para voltar, não terei.
Se quiserem me encontrar, saibam que onde houver mistério,
onde houver caminho, que seja, feio ou belo, verdejante, seco
cheio de pedras, sem flores e sem espinhos, só o torrão...
Onde eu estiver, será um lugar quieto, silencioso, na sombra
das montanhas, com vento frio, ao menos em minha imaginação,
será sempre um bom lugar, para a minha alma descansar.
Pode ir por aí tentando me achar, saberá, aqui refiz meu lugar!
Só vou avisando que, no percurso até aqui, não brinque com
os espinhos, não rasgue as pétalas das rosas se por ventura

encontrar, para não se ferir, antes de lá chegar...
Ouvirá ao longe o meu grito - Dê meia volta! Hoje não estou

para prosas, não quero ninguém para me acompanhar.
 

 

 

 

 

Liduina do Nascimento
 

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 30/04/2018
Reeditado em 08/10/2024
Código do texto: T6323041
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