Novas emoções
Porquê eu já sei brincar com as cores do meu dia, quando é noite, não sonho mais em preto e branco, nem tenho pesadelos e desperto querendo perceber cada detalhe que o dia apresenta, do seu amanhecer, ao cair da noite. Tenho tanto à dizer sobre os dias que ainda quero aproveitar, com tudo aquilo que ele possa me oferecer, aprofundo-me nas emoções que é viver cada fase, sentir a presença e ausência de cada pessoa que faz parte da minha vida, sentindo que amar é doação, mas também é reciprocidade.
À penumbra, um vulto lá fora desfila numa irrealidade distante, parecendo um quadro pintado de propósito, deixando as marcas da chuva, apagando a nitidez, é poeira de imagem, que já não tem forças para entrar em minha alma, e vai continuar passeando pelas ruas, sem direito de se tornar real.
Não é permitido ao vulto, entrar em meus sonhos. Guardei tanto sol para os dias sem luz, não sei ao certo se seria a maturidade da alma que aprendeu a amar os dias cinza, e neles ver tanta graça, suavidade, invade-me um súbito gosto pela vida, antes desconhecido, lembranças de ontem e desejos por muitos amanhãs, onde já não viajo só.
Liduina Nascimento
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À penumbra, um vulto lá fora desfila numa irrealidade distante, parecendo um quadro pintado de propósito, deixando as marcas da chuva, apagando a nitidez, é poeira de imagem, que já não tem forças para entrar em minha alma, e vai continuar passeando pelas ruas, sem direito de se tornar real.
Não é permitido ao vulto, entrar em meus sonhos. Guardei tanto sol para os dias sem luz, não sei ao certo se seria a maturidade da alma que aprendeu a amar os dias cinza, e neles ver tanta graça, suavidade, invade-me um súbito gosto pela vida, antes desconhecido, lembranças de ontem e desejos por muitos amanhãs, onde já não viajo só.
Liduina Nascimento
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