Sem sonhos



Do tempo das borboletas de cores variadas, das abelhas, soltando o mel nas flores pelas estradas, sou.

Do tempo em que as lágrimas escorriam pelo rosto com gosto de esperança, tempo de almas sem abstinência

de sonhos, tempo sem medo, sem mágoas, ou desgostos. O que você, vê? Além do caminho de pedregulhos,

como se sente, ao ver a vida num passo frágil e assustado abafando um coração que só pulsa o amor? 

Continuo sendo dum mesmo tempo, este tempo que não finda em mim. Eu olho nos olhos do tempo e ouço repetidas vezes ele dizendo que somos um do outro, fizemos um pacto forte assim. - Pensando na  pergunta que alguém fez. De qual tempo é você? - Ora, de qual tempo eu sou,  sou do tempo da ternura,  do tempo em que

a poesia não é só um lamento da alma querendo escrever àquilo que por dentro implode, escrevo o que a alma, chama de amor. Sou do tempo que ainda existe a saudade, mas, sou pobre, daquelas sem um tostão furado.

Sou do tempo da saudade, tempo do olhar com muito brilho, nele, refletidas as mãos que me traz a flor, tempo simples, e desinteressado, onde amor não é um negócio, é puro e simplesmente amor.
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Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 25/03/2018
Reeditado em 02/10/2024
Código do texto: T6290358
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