Carlos Drummond
Enquanto os pés dos poetas flutuam no vazio existencial, sua imaginação mexe, remexe, pisoteia as poesias escritas na eternidade.
Além de leve como o bater de asas das borboletas, a poesia debica feito pipa no ocaso, porém, jamais aterrissa em terreno pedregoso.
O poeta pode morrer, mas sua sensível poesia permanecerá transcendendo a materialidade. Acima de tudo, ventos vacantes e voos de borboletas solitárias não morrem, nunca.