E Tome (de)Pressão

Não estou suportando a carga de explosivo que impuseram ao país. Dinamitam tudo: bummm! Ouviu aí o barulho? Num cajadada, derrubou uma jazida inteira. Estão fulminando impiedosamente. Pá; pá; pá! Mais 3 foram para beleléu. Corpos sãos, tornaram-se esquifes. Presunto gordo e fiambre magro; tanto um como o outro, são comidos crus.

Adeus Solidão!

Aterrorizante, neste carnaval, acertaram até a crista do galo da madrugada. Nunca mais cantará.

Sinceramente, estou no limite, em tempo de cometer suicídio. Não tenho a menor vontade de sair da cama; objeto onde choro e minha mãe não ouve. Copo vazio; mente cheia. Remédios tarja preta. E tome depressão!

Pá! Um. Em outros, vários. Meu galardão: apenas um. Presente único. Não sentirei saudades de minha estada na Terra. Até mais ver. Fui Datena, adeus! Por favor, comunique a minha família sobre o meu paradeiro.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 16/03/2018
Reeditado em 17/03/2018
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